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Reajuste do Bolsa família

Bolsa Família pode ter reajuste superior a 5%, diz ministro

Ministro diz que programas de transferência de renda não são
suficientes para reduzir a pobreza (Foto: Reprodução)



O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou na quinta-feira, 15, 
que o Bolsa Família não reduziu a pobreza nem a desigualdade no país.  
Terra disse que o governo está estudando um reajuste acima da inflação, que
pode até ser “um pouco mais” de 5% para compensar o aumento do preço do 
gás de cozinha. 
Em 2017, a inflação oficial fechou em 2,95%. Segundo ele, o aumento deve 
vigorar a partir do final de abril ou em maio.

“A existência dos programas de transferência de renda não foi suficiente para 
reduzir a pobreza, só a pobreza extrema, mas não reduziu o número de pobres. 
A pobreza no Brasil continua intacta. 
Não reduziu a desigualdade no Brasil nesses 14 anos de Bolsa Família”, afirmou.

No mês passado, o presidente Michel Temer pediu a Terra e ao ministro da 
Fazenda, Henrique Meirelles, estudos que permitam redução no preço do gás 
de cozinha para beneficiar famílias de baixa renda. 
De acordo com dados do IBGE, o gás de botijão pesa 1,32% no orçamento
das famílias, no acompanhamento do índice oficial de inflação (IPCA), que 
considera família com renda de até 40 salários mínimos e abrange dez 
regiões metropolitanas do país. O peso do gás encanado no 
orçamento familiar é bem menor: 0,07%.

De 2003 a agosto de 2015, o preço por botijão cobrado pela Petrobras das 
distribuidoras ficou congelado em cerca de 11,50 reais. 
Até 2016, permaneceu num patamar de 13 reais. 
O preço cobrado do consumidor final, porém, era bem mais alto. 

O histórico dos reajustes mostra que, entre 2003 e 2016, o preço final do 
gás cobrado pelas revendedoras acumulou reajuste médio de 89%, saltando 
de 29,35 reais para 55,60 reais o botijão. 
Nesse mesmo período, o aumento realizado pela estatal foi de apenas
16,4%. Atualmente, em Brasília, o preço do botijão de gás está entre 85 
reais e 95 reais.

O ministro lembrou que quando o presidente Temer chegou ao governo 
houve um reajuste de 12,5% no benefício “depois de dois anos sem reajuste” ]
e afirmou que com a queda da inflação o poder de compra aumentou e agora
é preciso “completar esse processo com novo reajuste”.

Ele participou junto com o presidente Michel Temer de um evento sobre 
microcrédito para beneficiários de programas sociais.

Microcrédito

Em seis meses, a população de baixa renda pegou quase 2 bilhões em 
microcrédito para financiar pequenos negócios, anunciou na quinta o ministro. 
Esse é o primeiro levantamento do Plano Progredir, um pacote de medidas 
do governo federal para buscar a autonomia de famílias de baixa renda, 
principalmente os beneficiários do Bolsa Família e inscrito no Cadastro 
Único para Programas Sociais do governo.

Além de financiamento, o programa reúne também ações para ajudar na
qualificação profissional e no acesso ao mercado de trabalho.

Fonte: Veja

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