Adélio Bispo: o esfaqueador diz que não pretende mais matar Bolsonaro (Foto: Reprodução) Em 01/11/2019 às 11:30 |
Adélio Bispo foi ouvido pelo delegado da PF Rodrigo Morais Fernandes na condição de testemunha dentro da penitenciária de segurança máxima de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O ex-servente de pedreiro foi questionado a respeito do conteúdo de uma carta enviada a Bolsonaro por um companheiro de cela. Na correspondência, o iraniano Farhad Marvizi dizia que o esfaqueador não havia desistido de matar o presidente e que outras pessoas teriam ajudado a concretizar o ataque durante as eleições do ano passado.
Para esclarecer os fatos, a PF decidir ouvir as versões de Marvizi, Adélio e outras testemunhas do presídio federal. O ex-servente de pedreiro esclareceu que esteve por 27 dias com o iraniano na ala de saúde da penitenciária. Nesse período, Marvizi tentava convencer o esfaqueador a “delatar um possível mandante do crime que praticou”. Segundo Adélio, o iraniano sugeria “a participação de políticos” como “Aécio Neves, Dilma (Rousseff) e (o ex-presidente) Lula”. Em seu depoimento, o ex-servente de pedreiro afirmou que nunca mencionou qualquer nome e “reafirmou que agiu, sozinho, sem apoio de ninguém”.
Adélio também negou que tenha recebido meio milhão de reais para executar Bolsonaro e que mantinha qualquer relação com membros de organização criminosa antes de realizar o ataque em Juiz de Fora. Ele também afirmou que só teve contato com integrantes de facções após ter sido preso.
Em seu depoimento, o ex-servente ainda lamentou que tenha recebido diversas cartas de desconhecidos, repudiando o atentado, e disse que “nunca respondeu a nenhuma delas”. Adélio garante que só deseja uma coisa agora: “Sair do sistema prisional e voltar a ter uma vida normal”.
Fonte: Veja
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