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Caso de americano com reinfecção mais grave levanta questões sobre imunidade à Covid-19

  

Um homem nos Estados Unidos, de 25 anos, contraiu o coronavírus novamente, com a segunda infecção sendo bem mais grave do que a primeira, segundo os médicos. Embora raras, as reinfecções provocam questões sobre a imunidade à Covid-19. No Brasil, há pelo menos 20 casos suspeitos em investigação.

Segundo informações da BBC News, o paciente dos EUA precisou de tratamento hospitalar porque seus pulmões não conseguiam captar oxigênio suficiente para o corpo. Depois de um tempo, ele conseguiu se recuperar novamente.

Há poucos registros de reinfecções até o momento, dentre os mais de 37 milhões de casos confirmados no mundo desde o início da pandemia, em dezembro de 2019.

Porém, um estudo publicado na revista científica Lancet Infectious Diseases levantou questões sobre quanta imunidade pode ser constituída para o vírus.

Desenvolvimento do caso

Antes da Covid-19, o homem americano não tinha comorbidades ou problemas de imunidade que o tornassem particularmente vulnerável à doença.

Cientistas afirmam que o paciente contraiu o novo coronavírus duas vezes, e descartaram que a infecção original tenha se tornado dormente e depois retornado.

Uma comparação do código genético do vírus em cada uma das ondas de sintomas se mostraram diferentes demais para terem sido causados pela mesma infecção.

"Nossos achados apontam que a infecção anterior pode não necessariamente proteger contra futuras infecções", afirma Mark Pandori, médico da Universidade de Nevada. "A possibilidade de reinfecções pode acarretar implicações significativas para o nosso entendimento da imunidade contra a Covid-19."

Segundo o médico, mesmo pessoas que se recuperaram deveriam continuar a seguir as orientações de autoridades e especialistas em torno de distanciamento social, máscaras de proteção e higiene constante das mãos.

Algumas das questões que ainda estão sendo estudadas são as seguintes: alguém de fato se torna imune? E as pessoas que desenvolveram sintomas brandos da doença? Quanto tempo essa proteção dura?

A resposta para esses questionamentos pode ter implicações para as vacinas e as ideias de imunidade coletiva ( quando tantas pessoas já contraíram o vírus que ele passa a ter tanta dificuldade de se espalhar que perde força com o tempo).

Os registros de reinfecção em Hong Kong, Bélgica e Holanda apontaram casos que não se tornaram mais graves da segunda vez. Outro no Equador se tornou mais grave, como o dos Estados Unidos, mas o paciente não precisou ser internado no hospital.

Em agosto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de São Paulo (USP) anunciaram que investigavam 20 suspeitas de reinfecção por coronavírus.

Fonte: Diário do Nordeste

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