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em Santana do Cariri

Museu de Paleontologia do Cariri deve fazer investimento milionário em pesquisas em 2022


Com acervo que abriga grande variedade de grupos de fósseis e arquivos bibliográficos de importante valor histórico, o Museu de de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens da Universidade Regional do Cariri tem o objetivo de investir em bolsas para pesquisa e na conservação de sua infraestrutura.

Fundado em 1985 pela Prefeitura Municipal de Santana do Cariri, o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens da Universidade Regional do Cariri (URCA) comporta inúmeros artigos valiosos a nível regional e nacional. Apesar do período de pandemia do novo coronavírus, o local resiste às adversidades e faz valiosos investimentos no campo das pesquisas e em sua infraestrutura. O plano para 2022 é investir milhões em mais pesquisa.
De acordo com o professor Allysson Pinheiro, o Museu de Paleontologia mantém projetos de escavações permanentes de fósseis em toda a Bacia do Araripe, bem como coleta sistemática de fósseis nas frentes de escavações do calcário laminado, nos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri. Esse programa é a principal ferramenta contra a exploração clandestina e o tráfico de fósseis na região. O Museu recebe, em média, 2.000 visitantes por mês, considerado um dos principais centros de visitação da região do Vale do Cariri.

Após a publicação de uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, em 12 de fevereiro, acerca da falta de estrutura do local ser um fator que dificulta a pesquisa de fósseis, o professor Allysson Pinheiro contestou as declarações sobre o Museu em uma entrevista ao jornalista Farias Júnior, da Rádio CBN Cariri, realizada nessa quarta-feira, 16.

Conforme o professor, para os próximos três anos, o plano orçamentário do museu cearense é investir R$ 11 milhões em bolsas para professores e pesquisadores visitantes, além de destinar 450 mil reais para a aquisição de armários e equipamentos para a melhoria da conservação de seu arsenal, que serão somados a valores aprovados para a busca por fósseis que foram levados do Brasil no exterior.

“A realidade é que temos publicado em revistas como Nature, Science, Journal of South American Earth Science e outras. Temos feito pesquisa de ponta com equipamentos de alta qualidade, como o microscópio eletrônico de varredura e o estereomicroscópio automatizado com aquisição de imagens da Urca. Nós temos o que há de melhor e ainda estamos crescendo”, explica.

O professor destaca que, por meio do Núcleo de Difusão Tecnológica, o Museu oferece regularmente cursos, treinamentos, encontros, palestras e representa um ponto de apoio logístico para pesquisadores de todo o mundo. O equipamento também possui acervo bibliográfico especializado (Geologia, Biologia, Paleontologia, Química, Física, entre outros), centro de intercâmbio científico, videoteca e recursos audiovisuais.
Detentor de um acervo que abriga vários grupos de fósseis, o museu considera como seus maiores representantes itens como: troncos petrificados (por silicicação), impressões de samambaias, pinheiros e plantas com frutos; moluscos, artrópodes (crustáceos, aranhas, escorpiões e insetos); peixes (tubarões, raias e diversos peixes ósseos), anfíbios e répteis (tartarugas, lagartos, crocodilianos, pterossauros e dinossauros). Todo esse material fossilífero é proveniente, principalmente, das Formações Missão Velha e Santana (membros Crato, Ipubi e Romualdo) da Bacia do Araripe.

Serviço

O Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens da URCA está aberto de terça a sábado, das 9h às 16h, e no domingo, das 9h às 14h. Para visitas em grupo deverá ser feito agendamento prévio junto à administração do Museu. Fone: (88) 3545-1206. Para mais informações, acesse o site institucional:

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