Mais de 8 mil litros de óleo são recolhidos das praias do litoral do Ceará
Registro de manchas de óleo na praia da Sabiaguaba, em Fortaleza (Foto: Arquivo pessoal)
Em 18/02/2022 às 06:45
Até esta quinta-feira (17), 8,2 mil litros de óleo foram recolhidos das praias do litoral cearense, conforme a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). As manchas têm aparecido desde o dia 25 de janeiro, quando o primeiro registro foi feito na praia de Canoa Quebrada, município de Aracati. Desde então, em pelo menos 60 praias de 13 municípios, incluindo Fortaleza, já foram constatados os vestígios do piche.
Até o momento, a superintendência contabiliza a coleta de 41 tambores dos municípios, sendo 20 de Caucaia, 16 de Aracati, quatro de Trairi e um de Fortaleza. Tais cidades incluem praias famosas, como Cumbuco, Canoa Quebrada e Flexeiras. Na capital, foram afetadas as praias do Futuro, Sabiaguaba, Barra do Ceará, entre outras.
O município de Fortim e a ONG Verde Luz, que também auxilia nos trabalhos, entregaram 4kg e 5 kg de material, respectivamente.
Nessa quinta-feira (17), 28 tambores cheios foram transportados pela Semace para a incineração. A ação também contou com apoio da empresa Marquise, que forneceu 20 tambores, além de mão de obra.
A previsão da Semace é que na próxima semana seja feito o recolhimento nos municípios de Aquiraz, Paracuru, São Gonçalo, Trairi (que fará novas coletas no sábado), Paraipaba e Itapipoca.
Manchas de óleo
As manchas de óleo que voltaram a aparecer em janeiro deste ano no litoral cearense continuam avançando pelo litoral oeste. Os últimos registros foram verificados na terça-feira (15), no município de Amontada. Na cidade, ficam destinos turísticos nacionais, como Icaraizinho e Moitas.
Ao todo, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) já contabiliza 60 praias de 13 municípios com o aparecimento de piches.
O titular da Secretaria de Meio Ambiente de Amontada, Cândido Neto, informou que encontrou vestígios oleosos na praia de Caetanos de Cima, mas a quantidade, conforme ele, era inferior a 100 gramas. Por isto, a prefeitura irá realizar novo monitoramento durante a tarde para analisar se há mais resquícios do material.
As causas do desastre ambiental ainda são desconhecidas. Pesquisadores ainda tentam descobrir o que provocou o derramamento, mas já descartaram hipóteses como resquícios do desastre ambiental de 2019 e relação com a erupção do vulcão em Tonga.
De acordo com a bióloga Alice Frota, integrante do Coletivo Verdeluz, as manchas de óleo são tóxicas e põem em risco a vida marinha. Ainda não há registros de problemas de saúde em banhistas registrados no Ceará em decorrência do óleo.
Fonte: g1 CE
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