Avião venezuelano está bloqueado na Argentina: suspeita de terrorismo
FOTO: FONTE NTERNET |
Um avião venezuelano está bloqueado em Buenos Aires, na Argentina, desde o dia 8 de junho. Segundo publicou a Justiça do país, existe a "suspeita de que o motivo alegado para entrar na Argentina pode não ser verdadeiro". Conforme alertaram autoridades paraguaias, o piloto iraniano estaria ligado à força Al-Quds, organização classificada como terrorista pelos Estados Unidos.
O Boeing 747, da Emtrasur, afiliada da venezuelana Conviasa, visada pelas sanções americanas, está sendo chamado na Argentina de "boeing misterioso". As últimas apurações argentinas revelam que o avião pertencia à empresa iraniana Mahan Air, que o transferiu para a Emtrasur, pela qual foi registrado novamente em janeiro de 2022.
No entanto, a Mahan Air é considerada por Washington como ligada à Guarda Revolucionária Iraniana. A transportadora é acusada pelo Tesouro dos EUA de fazer transferências de armas e milícias entre Teerã e seus aliados no Oriente Médio. Em resposta às suspeitas, um porta-voz da empresa iraniana anunciou em 12 de junho que o Boeing não lhe pertencia mais.
Suspeita de relação com terrorismo
Antes de pousar na Argentina, o avião passou por outros países da América Latina, como México e Paraguai. Em 8 de junho, a aeronave, com 19 tripulantes a bordo, cinco iranianos e quatorze venezuelanos, tentou aterrissar no Uruguai, mas teve o acesso negado. O governo uruguaio disse que não aceitou o pouso devido a informações recebidas de agências estrangeiras.Os passaportes iranianos foram confiscados em Buenos Aires. O piloto, Gholamreza Ghasemi, gerou maiores suspeitas. O nome dele coincide com o de um membro da Guarda Revolucionária Islâmica. Na última quarta-feira (15), o ministro argentino da Segurança, Anibal Fernandez, disse que se trata apenas de um homônimo. Já o ministro da inteligência do Paraguai, Esteban Aquino, anunciou que "o capitão Gholamreza Ghasemi não é apenas um homônimo, é ligado ao Al-Quds".
Relações entre Irã e Venezuela
Caracas e Teerã reforçaram os laços em 11 de junho, assinando um acordo de cooperação de vinte anos. Em seguida, a Embaixada de Israel na Argentina expressou em comunicado sua "preocupação" com a atividade na América Latina das companhias aéreas iranianas, suspeitas de "tráfico de armas".Os pertences dos tripulantes do "boeing misterioso" foram confiscados pela justiça argentina, que ainda não concluiu as investigações.
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