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Demétrius Oliveira de Macedo

Procurador que espancou chefe ficou 7 meses sem exercer as funções por problemas de relacionamento com a equipe


Justiça determinou a detenção de Demétrius na quarta-feira (22). (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Em 26/06/2022 às 09:30
A Prefeitura de Registro , no interior de São Paulo, confirmou que antes de o procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, espancar a chefe e procuradora-geral, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39, ele havia pedido exoneração do cargo e deixado as funções em 25 de novembro de 2020 devido a problemas de relacionamento com as colegas. Ele ficou afastado por pouco mais de sete meses.

Segundo a administração, além de relatar dificuldades no convívio com a equipe da procuradoria, Demétrius teria dito que sofria assédio moral da chefe na época.

Ainda segundo a prefeitura, o procurador retornou ao cargo por decisão da Justiça, no dia 28 de junho de 2021.

O procurador seguiu em exercício até segunda-feira (20), dia em que agrediu Gabriela. Na terça (21), a Prefeitura de Registro determinou no Diário Oficial a suspensão preventiva de Macedo e, na quarta (22), a Justiça decretou a prisão preventiva do procurador, que foi preso na do dia seguinte.

Macedo passou por audiência de custódia na quinta (23). Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) alegou que diante dos elementos apresentados no processo, o juízo não verificou ilegalidade no cumprimento do mandado de prisão do acusado. Por isso, ele seguirá preso.

Agressão

O caso aconteceu na tarde de segunda-feira (20), por volta das 16h50, na sala da Procuradoria Geral do município, na Prefeitura de Registro.

Demétrius já havia apresentado comportamento suspeito e sido grosseiro com outra funcionária do setor, conforme relatado por Gabriela à Polícia Civil.

A procuradora havia cobrado providências sobre o episódio de grosseria contra uma funcionária, que estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que Demétrius e enviou um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento administrativo.

Na segunda-feira (20), foi publicada no Diário Oficial do município a criação de uma comissão para apurar os fatos. Segundo Gabriela, provavelmente foi isso que desencadeou as agressões.

O que ele disse

Após a repercussão do episódio de agressão na segunda (20), Demétrius Oliveira Macedo disse à Polícia Civil que sofria assédio moral no local de trabalho. "Ele admitiu que agrediu a vítima e alegou que assim o fez por sofrer assédio moral", afirmou Fernando Carvalho Gregório, delegado do 1º Distrito Policial do município, em entrevista à TV Tribuna, afiliada à Rede Globo.

Prefeitura

A Prefeitura de Registro, em nota, manifestou "mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência”, protagonizados pelo procurador.

"Reafirmamos nosso compromisso com a prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres. Os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico", escreveu.

A administração municipal disse, ainda, aos demais servidores: "recebam nosso amparo e saibam que a prática de violência é veementemente repudiada e será severamente punida".

Fonte: G1 CE

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