Julho terminou com cinco mulheres assassinadas no Cariri e o ano é 166% mais violento
"Ninoca", Samara e Raimunda foram assassinadas em Juazeiro, enquanto "Cleidinha" e sua filha "Evinha" foram mortas em Mauriti (Foto: Reprodução)
Em 17/08/2022 às 07:00
O mês de julho terminou com o registro de cinco mulheres assassinadas na região do Cariri, sendo três em Juazeiro e duas em Mauriti após um mês de junho com uma mulher morta ou acréscimo de 400% no número de assassinatos contra pessoas do sexo feminino nos últimos dois meses. Além disso, com cinco mulheres mortas no sétimo mês deste ano, representa 500% a mais já que, em julho do ano passado não tivemos mulheres assassinadas no Cariri.
Nos primeiros sete meses do ano já tivemos o assassinato de mulheres em oito municípios. No ano passado eram seis mulheres assassinadas no Cariri contra 16 este ano ou crescimento da ordem de 166,6% com dez a mais. Juazeiro desponta com uma participação de 43,7% já que sete mulheres foram mortas no município, além de duas em Tarrafas, outras duas em Mauriti e as demais em Campos Sales, Crato, Assaré, Brejo Santo e Jardim.
No dia 3 de julho Maria Rosivan dos Santos, de 32 anos, a "Ninoca", que residia na Rua Pio Norões (João Cabral) em Juazeiro morreu no Hospital Regional do Cariri por não resistir aos sete tiros que sofreu na noite do primeiro dia do mês na Avenida Nossa Senhora Aparecida naquele bairro, efetuados por dois homens em duas motos. Ela respondia por tráfico de drogas, receptação e era testemunha de lesão corporal.
Oito dias depois Samara Lopes do Nascimento, de 44 anos, que residia na Rua Coronel Raul (Vila Fátima) e trabalhava como autônoma, foi morta com cerca de 15 tiros de pistola calibre .40 e facadas na Praça dos Ourives (Franciscanos) em Juazeiro por desconhecidos. Ela não respondia procedimentos criminais.
No dia 23 Jucicleide Gonçalves da Silva de Lima, de 42 anos, a "Cleidinha de Neguim" e sua filha Evila Raíssa Gonçalves Feitosa, de 16 anos, a "Evinha" que residiam na Rua 01 do bairro Novo Mauriti em Mauriti foram mortas a tiros. As duas estavam na calçada da mãe de Cleidinha naquele bairro quando chegaram homens num Fiat Uno de cor preta atirando. Cleidinha era mãe de José Mateus Gonçalves Feitosa, de 22 anos, que tinha sido baleado dia anterior por dois homens encapuzados num carro.
Já no último dia do mês de julho Raimunda Silva Paiva, de 28 anos, que residia na Rua José Gonçalves de Almeida (Tiradentes) em Juazeiro, foi morta em sua casa por espancamentos e teve o pescoço quebrado por seu ex-companheiro Lindembergue Faustino Pinto, de 33 anos, o qual tentou simular que ela tivesse praticado o suicídio com medicamentos e foi preso.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br
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