Brasil precisa de novo processo de reindustrialização, diz Ciro Gomes
Foto: Keiny Andrade
Em 10/09/2022 às 10:00
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou, ontem (9), que o Brasil precisa de um novo processo de reindustrialização. Ao fazer campanha nas ruas de Londrina (PR), o trabalhista voltou a afirmar que, ao longo das últimas décadas, o país foi palco de um desastroso movimento de desindustrialização.
A destruição de indústrias no Brasil tem que ser interrompida por um novo processo de reindustrialização. Esta é a grande demanda de modernização econômica de uma economia [nacional] que [encontra no setor de] serviços uma resposta insuficiente para agregar os valores de que precisamos, disse Ciro, referindo-se à necessidade do país gerar mais empregos e produzir e exportar bens de maior valor agregado.
Os complexos industriais da saúde, do agronegócio, da defesa e do petróleo, gás e energia renováveis podem explodir a geração de empregos, renda e tributos para melhorarmos a saúde, a educação e tudo o que o nosso povo pede, acrescentou Ciro.
De Londrina, o candidato seguiu para Maringá (PR), a cerca de 100 quilômetros de distância. Em um comitê de campanha, Ciro criticou a desigualdade social brasileira.
Entre nós, brasileiros, cinco pessoas acumulam renda e fortuna [equivalente as] de 100 milhões de brasileiros mais pobres, disse o pedetista, cujas propostas de campanha incluem a redução de subsídios e de incentivos fiscais a itens que não sejam de primeira necessidade; a recriação de um imposto a ser cobrado de lucros e dividendos e a taxação, em 0,5%, das fortunas de pessoas físicas com patrimônio superior a R$ 20 milhões.
Isso não é uma denúncia da riqueza porque eu não tenho nada contra rico que ganha decentemente sua fortuna. A questão básica é que, do outro lado dessa estatística macabra de concentração de renda, nós encontramos 33 milhões de brasileiros passando fome, disse Ciro.
A campanha política não pode ser uma disputa de egos, de projetos de poder, de violência, de paixões despolitizadas, de ódios descabidos. Ainda [esta semana] morreu um compatriota nosso, de forma bárbara, por causa de uma discussão política. Enquanto os candidatos estão protegidos, cercados por seguranças, por aparatos de proteção, nosso povo está exposto. E ainda temos muito tempo até o dia 2 [de outubro] para desarmar esta bomba, disse Ciro ao comentar o caso em que uma discussão sobre política resultou em um brutal assassinato, em Confresa (MT), na noite desta quarta-feira (7).
Por Por Agência Brasil
Miséria.com.br
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