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2012 a 2022

Em 11 anos, nível de escolaridade das mulheres do Ceará cresceu 18,4%


Foto: Thiara Montefusco


Entre 2012 e 2022, o nível de escolaridade médio entre mulheres cearenses atingiu crescimento de 18,4%, chegando a uma média de crescimento de 1,7% ao ano. O patamar médio de anos de estudo entre esse grupo (de 25 anos ou mais) passou de 7,6 anos em 2012 para 9,1 anos em 2020. Os dados estão no Enfoque Econômico (Nº 201 – Março/2023) publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Ainda de acordo com o documento, pela primeira vez, a proporção de mulheres com escolaridade básica (35%, em 2022) supera a proporção de mulheres não escolarizadas (34,5%, no mesmo ano).

De acordo com o analista de Políticas Públicas e autor do trabalho, Victor Hugo Oliveira, as mulheres tornaram-se uma população de maior vulnerabilidade frente aos impactos da pandemia de covid-19, em especial, no âmbito educacional.

No Ceará, o crescimento destes indicadores sofreu com uma estagnação após o período de pandemia, iniciado em 2020. Tornando-se explícito tanto pelo nível de escolaridade média estagnado desde 2020, quanto no nível de escolaridade mais elevado alcançado, afirma o autor.

Disparidade racial

Para Victor Hugo, outro ponto que deve receber maior atenção é a disparidade racial presente entre mulheres cearenses quanto à educação. Mulheres brancas apresentam, em média, 1,4 ano de estudo a mais que mulheres negras, e 1,2 anos de estudos a mais que as indígenas ou asiáticas.

Quase 60% das mulheres brancas com 18 anos ou mais de idade possuem educação básica completa. Porém, menos da metade das mulheres negras com 18 anos ou mais já alcançou tal nível educacional (47,5%).

Para concluir, ele afirma ser “de suma importância direcionar políticas públicas que possam reverter esse cenário de estagnação, a fim impedir que a disparidade entre gêneros seja ainda mais agravada pela pandemia no âmbito educacional. Assim como retomar o avanço e crescimento nos níveis educacionais que vinham sendo conquistados”.

E que “também deve-se concentrar esforços em reverter o quadro de disparidade racial apontado por este enfoque, atuando em prol de uma maior escolarização de mulheres cearenses negras, indígenas e asiáticas, bem como atingir maiores níveis educacionais das mesmas”, finaliza o autor.

Por Redação Site Miséria
Miséria.com.br

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