JUSTIÇA NO JUAZEIRO

Acusado de decapitar menor em Juazeiro por namorar sua esposa é condenado

foto: Reprodução

Um homem acusado de vários crimes na região do Cariri foi condenado por conta de um homicídio com requintes de crueldade. Antonio Claudio Jacó da Silva, de 42 anos, é apelidado por “Neguim Memeu” e ficará 24 anos e nove meses preso de acordo com a sentença lida pelo Juiz Ramon Aranha da Cruz. No dia 29 de maio de 2017 ele matou o adolescente Luiz Manoel Rodrigues Bento, de 17 anos, que residia na Avenida Carlos Cruz (Pio XII) e teve o corpo encontrado com lesões à faca e a cabeça degolada.

O cadáver estava num matagal na Rua Francisco Martins de Sousa (Frei Damião) e o acusado do crime foi preso três dias depois. Entretanto, no dia 20 de junho daquele ano, após 18 dias preso, escalou o muro e fugiu da cadeia pública de Barbalha. Quanto ao homicídio que o fez sentar no banco dos réus, “Neguim Memeu” também alvejou o menor com tiros antes de decapitar. A vítima estava namorando com a esposa dele o qual residia no bairro Jardim Gonzaga.

Imaginando que o marido estivesse viajando, ela foi com Luiz Manoel participar da abertura da festa de Santo Antonio em Barbalha. Provavelmente, ele já desconfiava e teria ficado de “tocaia” até a chegada dos dois na casa dela no bairro Frei Damião procedentes da vizinha cidade. Quando se aproximavam, “Neguim Memeu” atirou na direção do adolescente que correu para um matagal. O acusado seguiu junto, concluiu a execução e ainda o decapitou motivado por ciúmes.

Existe uma informação que, após o crime, ele levou a cabeça da vítima para mostrar a companheira perguntado se ela ainda queria namorar o mesmo. Três dias depois, uma operação comandada pelo Delegado Giovani Aquino resultou na prisão de “Neguim Memeu” num ônibus que trafegava pela Rua Zuca Sampaio deixando Barbalha na direção de São Paulo, junto com a protagonista do triângulo amoroso que resultou no homicídio.

Apontado como homem de alta periculosidade, “Neguim Memeu” negou o cometimento do crime. Entretanto, o delegado que, na época, dirigia o Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (NHPP) da 20ª DRPC garantiu ter muitas provas a partir de depoimentos. Ele já responde por crimes de latrocínio, tráfico de drogas, assaltos, furtos, receptação, crimes de trânsito, porte ilegal de arma de fogo e danos em Sobral, Juazeiro e Crateús, onde matou um Guarda Municipal para roubar.

Por Demontier Tenório
Miséria.com.br