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Medidas incluem restrições

Após prisão de brasileiras na Alemanha, governo anuncia programa de reforço da segurança em aeroportos

Foto: Reprodução

O governo lançou nesta quarta-feira (21) um programa para aumentar a segurança de passageiros e bagagens em todos os aeroportos nacionais. A iniciativa vai começar no terminal de Guarulhos, em São Paulo, e o investimento inicial previsto é de R$ 40 milhões.

Com o nome de "Aeroportos + Seguros", o programa prevê a instalação de mais câmeras no check-in, inspeção de bagagens, instalação de novos equipamentos de raio-x, scanners corporais e detectores de líquidos e explosivos, entre outras.

Segundo o governo, as medidas serão implementadas de forma escalonada, da seguinte forma:

Em até 6 meses

Implementação de câmeras de segurança;
Identificação com chave de acesso individualizado ao sistema de bagagem no terminal internacional;
Restrição de uso de celulares e tablets em áreas restritas;
Entrada centralizada no terminal de cargas;
Acesso biométrico de funcionários nas áreas restritas e/ ou controladas no terminal 2 do aeroporto de Guarulhos.

Em até 12 meses

Acesso biométrico de funcionários nas áreas restritas e/ou controladas nos demais terminais;
Sistema de monitoramento;
Recebimento de equipamentos de segurança pela concessionária do aeroporto via convênio com a autoridade americana de aeroportos;
Aquisição de outros equipamentos que não fazem parte do convênio.

Em até 18 meses

Reforço de segurança na inspeção de passageiros;
Incremento da vigilância nos canais de funcionários do aeroporto;
Aumento da proteção e inspeção das bagagens despachadas.

Segundo o governo, o programa deve ser expandido para os aeroportos que recebem voos internacionais até dezembro de 2025. O investimento total é estimado em cerca de R$ 240 milhões, de acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.

"Trabalhadores que trabalham na parte interna dos aeroportos são muito mais vulneráveis que os servidores públicos porque eles não têm qualquer tipo de proteção", afirmou o ministro.

França mencionou o caso das brasileiras presas na Alemanha por tráfico de drogas depois de terem as etiquetas de suas bagagens trocadas em Guarulhos.

"Sempre que surge uma novidade como nesse episódio, nós temos que ir aprimorando. Esse aprimoramento é dever nosso porque nós cobramos das pessoas uma taxa para que elas tenham conosco a garantia de que é um serviço público, que a rigor está sendo feito por outra empresa", disse.

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, as medidas devem ser estendidas aos portos nacionais.

"Vamos muito em breve fortalecer essa parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos com o anúncio de um trabalho conjunto no setor portuário, temos guarda portuária que integra o Susp [Sistema Único de Segurança Pública], queremos que se estenda ao segmento", afirmou.

G1

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