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Paris 2024

É prata! Rebeca Andrade faz história na final do individual geral na ginástica

Foto: Reprodução

Rebeca Andrade conquistou sua quarta medalha olímpica da carreira nesta quinta-feira (1). A ginasta brasileira conquistou a prata na final da individual geral das Olimpíadas 2024, ficando atrás apenas da americana Simone Biles, que retornou as competições após ter abandonado as disputas de Tóquio 2020 para cuidar da saúde mental.

Essa foi a segunda prata de Rebeca na competição entre as ginastas mais completas do mundo, repetindo Tóquio 2020. Nesta terça, Biles somou 59.131 pontos, contra 57.932 de Rebeca e 56.465 de Sunisa Lee, ouro em Tóquio, que ficou com o bronze. A brasileira Flavia Saraiva se garantiu entre as dez do mundo, na nona posição.

Rebeca Andrade nas finais do individual geral, Olimpíadas — 
Foto: Hannah Mckay/Reuters

Salto


A competição iniciou no salto. Rebeca, mais uma vez, fez um Cheng perfeito e cravou a aterrissagem, repetindo a nota da disputa por equipes, um excelente 15.100.

Simone saltou logo em seguida. Seu salto, dificílimo, tem grau de dificuldade 6.400. A americana deu um passo muito grande para trás, quase um segundo voo, mas ainda assim recebeu 15.733.

Ao fim dessa primeira rotação, Simone ocupava a liderança da disputa, com Rebeca em segundo lugar.

Barras


Rebeca Andrade fez sua melhor série de assimétricas até o momento nos Jogos de Paris, encerrada com uma saída quase cravada. Ela não teve a série mais fluida, mas acertou as ligações de movimentos e recebeu a nota de 14.666.

Simone Biles veio logo em seguida e falhou na ligação entre a barra mais alta e a mais baixa. A ginasta dobrou os joelhos para evitar a queda, mas perdeu o embalo em uma falha grave. Perdeu décimos preciosos, recebendo a nota 13.733. E viu Rebeca ultrapassá-la no quadro geral da competição, assumindo a liderança.
Rebeca Andrade na final individual geral feminina de ginástica — 
Foto: Reuters

Trave


Com direito a um triplo giro de cócoras, uma sequência de flic com duplo layout e uma saída dificílima com o Tsukahara, Simone fez uma apresentação espetacular na trave. Só cometeu um desequilíbrio médio, e tirou 14.566.

Rebeca fez uma boa série na trave, mas teve desequilíbrio médio em uma acrobacia. A ginasta segurou bem e não caiu. Com a pontuação de 14.133, a mesma da final por equipes, Rebeca voltou para a segunda posição no quadro geral faltando apenas um aparelho, o solo.

Solo


A prata foi garantida no solo, quando Rebeca apresentou sua série linda, que encanta plateias por onde passa. Com um pisadinha fora do tatame ao fim da primeira diagonal, teve pequenos descontos. Mas cravou as outras acrobacias, serviu charme e ginga e tirou 14.133.


Faltava a Simone. Simone subiu no tablado e enfileirou acrobacias impossíveis. Cravou quase todas as chegadas e saiu ovacionada após uma volta por cima espetacular, daquelas que o esporte reserva para atletas da sua dimensão. Com 15.066, o ouro era dela, a maior ginasta da atualidade, uma das grandes de todos os tempos.


Por Cícero Dantas
Miséria.com.br

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