Em audiência pública, povos de terreiro cobram ações contra intolerância religiosa; Câmara de Juazeiro define medidas
O evento contou com a presença de parlamentares, líderes das religiões de matrizes africanas, membros da sociedade civil e representantes da Crede-19. Foto: Ascom / CMJN. |
Durante a abertura de falas, Dona Erlania, sacerdotisa de religião de matriz africana, cobrou mais segurança para o exercício da fé. "Quantas fases da nossa vida tivemos que negar o nosso sagrado?", questionou.
Entre as medidas para garantir a liberdade religiosa, a representante apontou o fortalecimento e criação de uma coordenadoria com advogado, pedagogo, assistente social, psicólogo e outros profissionais que possam discutir estratégias e dar suporte aos povos de terreiro. Ainda, foi mencionado a necessidade de capacitar os agentes de segurança pública para uma abordagem humanizada e respeitosa ao adentrar as casas e terreiros.
Entre os encaminhamentos da audiência ficou estabelecido a criação de uma comissão permanente na Câmara e a realização de um seminário municipal sobre intolerância religiosa, além de uma maior articulação com as escolas municipais para o controle das denúncias realizadas e garantia que elas sejam espaço de cultura e diversidade.
Para a 1ª vice-presidente da Câmara, vereadora Professora PG (Podemos), a audiência foi um momento importante para a construção de políticas públicas eficazes. "Os encaminhamentos levantados aqui devem ser postos em prática para que as ações realmente aconteçam e tragam mudanças para os povos de terreiro", destacou a parlamentar.
Por Bruna Santos
Miséria.com.br
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