Mulher que foi dar à luz gêmeos recebe apenas um bebê; entenda
Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando uma denúncia realizada por uma mãe que afirma ter ido dar à luz gêmeas, mas que só recebeu um bebê após o parto. O caso aconteceu no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, na Zona Oeste da capital, na última sexta-feira (28).
Kathelen Tavares estava com o parto agendado para o último sábado (29), mas a bolsa estourou um dia antes e a jovem correu para o hospital. Ela, que já é mãe de gêmeas, fez todo o pré-natal, consultas e exames com laudo de gravidez gemelar. Kathelen disse que os fetos apareciam saudáveis e que era possível ouvir dois corações.
Na documentação do pré-natal, constam dez consultas e as informações têm dados de duas bebês. Em uma ultrassonografia feita em dezembro, na Clínica da Família em Realengo, na Zona Oeste do Rio, o exame indica que existiam dois fetos com batimentos cardíacos diferentes e até tamanhos de fêmur distintos.
O PARTO
No dia do parto, a jovem seguiu para o hospital após a bolsa estourar e nenhum parente conseguiu acompanhá-la. Com isso, Kathelen foi sozinha para a sala de cirurgia. De acordo com ela, os profissionais do hospital pediram que ela separasse itens para dois bebês, mas apenas uma criança foi colocada em seu colo e nenhuma explicação foi dada sobre a segunda.
– Tomei anestesia, fiquei deitada, escutei o choro de uma, botaram em cima de mim, eu falei que não aguentava e depois falaram que não tinha outro bebê, não me falaram mais nada – relatou.
Nos registros de internação no hospital consta a informação de uma gestação gemelar – o que também está presente na declaração de nascido-vivo entregue à mãe pelo hospital. Diante do ocorrido, a família registrou o caso na 34ª DP (Bangu), que disse que investiga o caso e que solicitou documentos da unidade hospitalar e imagens de câmeras de segurança.
Como parte da apuração, o diretor do hospital foi intimado para prestar depoimento e a mãe será novamente ouvida.
OUTRO LADO
Após a repercussão do caso, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, se pronunciou e informou que houve “uma confusão no primeiro ultrassom”.
– Foi uma cesariana com uma equipe médica completa, com os enfermeiros, e só tinha um bebê e uma única placenta. O que aconteceu foi uma confusão no primeiro ultrassom, com o saco gestacional e com o cardiotoco, que é um exame que escuta o bebê. Então, ele [a pessoa que fez o exame] escutou o batimento em dois pontos diferentes do abdômen – disse Soranz.
O secretário reforçou ainda que a placenta retirada na hora do parto foi enviada para a perícia, para comprovar que a gestante esperava apenas um bebê.
– É um único feto, é uma única placenta. A placenta também foi para a perícia, para análise, pra gente poder ter mais um documento que comprove. Também teve fotografia no momento do parto para garantir que era só um bebê (…). Infelizmente foi um erro da primeira ultrassonografia. É um único bebê, é importante isso ficar bem esclarecido – completou.
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