Direção da EEEP de Juazeiro do Norte é alvo de denúncias graves de assédio moral; professora desenvolve síndrome de Burnout
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Ganhou ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa regional a denúncia feita por uma professora da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Professor Moreira de Sousa, em Juazeiro do Norte, que acusa a gestão da instituição de práticas recorrentes de assédio moral e abuso de poder. A reportagem foi noticiada por diversos veículos de comunicação após uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (4) e reacendeu debates sobre a saúde mental de educadores no ambiente escolar.
Ganhou ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa regional a denúncia feita por uma professora da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Professor Moreira de Sousa, em Juazeiro do Norte, que acusa a gestão da instituição de práticas recorrentes de assédio moral e abuso de poder. A reportagem foi noticiada por diversos veículos de comunicação após uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (4) e reacendeu debates sobre a saúde mental de educadores no ambiente escolar.
A docente Maria Elly Krishna dos Santos Pereira relata que é vítima de assédio desde 2023. A situação, segundo ela, chegou a um ponto crítico, culminando em um diagnóstico de síndrome de Burnout no fim do ano passado. “No início deste ano, precisei me afastar por 30 dias”, contou a professora, visivelmente abalada.
As acusações, embora tenham partido de uma voz individual, não parecem ser casos isolados. De acordo com a educadora, outros profissionais da mesma escola também enfrentam condições de trabalho que beiram o insustentável: pedidos de remoção, afastamentos médicos e psiquiátricos e até uma demissão espontânea de uma professora temporária ilustram o clima de tensão e desgaste dentro da unidade.
A figura da direção da escola, que deveria promover um ambiente saudável e acolhedor para docentes e alunos, agora está sob forte suspeita. Servidores alegam que há uma cultura de autoritarismo e perseguição, alimentada por uma gestão que, ao invés de escutar, impõe o medo e o silêncio.
SEDUC emite nota, mas não menciona direção da escola
Na manhã desta segunda-feira (7), a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc), por meio da Crede 19, divulgou uma nota genérica afirmando que “acompanha a situação” e que “medidas necessárias” estão sendo tomadas. No entanto, a pasta não mencionou diretamente a gestão da escola ou apresentou qualquer posicionamento mais firme diante das denúncias.
“A Seduc acompanha a situação. Foram adotadas medidas necessárias para que os fatos sejam apurados dentro da legalidade, com a garantia do direito à ampla defesa e ao contraditório”, diz o comunicado, que também assegura o sigilo das partes envolvidas.
Para muitos, a resposta é considerada insuficiente diante da gravidade do caso. Professores da rede estadual cobram mais transparência da Secretaria e uma apuração rigorosa sobre a conduta da direção escolar. O temor é de que, mais uma vez, os casos de assédio em ambientes escolares acabem sendo varridos para debaixo do tapete.
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